5.16.2007

O homem do carro ideal


As outras que me perdoem, mas o primeiro post tinha de ser biográfico e, sabendo que nos encontrámos num naufrágio sociológico, pretende também, e mais um pedido de perdão pela imodéstia, ser representativo e introdutório.

"Nós" as elas dos "pós 25", queremos casar e ter filhos (se já vierem paridinhos por outras, melhor), de preferência com boda formal, celebrada e animalescamente consumada, queremos ter duas residências a nossa e a minha, queremos as terças para as amigas, as quartas para as amigas, as quintas para as amigas e as sextas, se as olheiras o permitirem, também. Queremos ser esposas presentes e companheiras submissas dos nossos amantes, se ambas a funções puderem ser desempenhadas com o mesmo homem é mais cómodo, mas podemos engordar. Queremos vibrar e ter vibradores, queremos carros topo de gama e homens práticos, queremos escolher o carro ideal e comprá-lo com pacote familiar "com homem já incluído - série especial passeio de fim-de-semana" (à semana estamos na cidade e dividimos Mercedes Bege com as amigas).

Hoje, às 9h45 am, fuso horário pouco propício a idealismos cruzei-me com o carro ideal, leviandade ou futilidade, deixo a catalogação final a quem entendido for, o homem do carro ideal não vi, já pesquisei em www.landrover.com/pt e a série com o equipamento que pretendo ainda não está a ser comercializada, mas acredito que a marca está atenta aos estilos de vida das suas consumidoras.

2 comentários:

AA disse...

A arrogância de quem evoca âmbitos sociológicos para veicular estereotipos inculcados, quer na socialização primária como tradicionais, quer na idade adulta, como e modernos e sinónimos de autonomia, não pára de me espantar. Acho que qualquer mulher acima dos 25 se deve indignar com a pretensão de representatividade da Maria. Eu, pelo menos, daqui a seis meses, pretendo fazê-lo! Consegue num post só abordar quase todos os lugares comuns atribuídos às mulheres: de esposa, a mãe, passando por amante, heterosesual claro, oportunista e pseudo-intelectual! Meninas, tenham mais noção da vossa condição individual... senão, teremos de gritar eternamente uma feminilidade por opisição ao que mais gostam, que é a masculinidade.
Abaixo as quase trintonas traumatizadas por não terem um Jeep, mesmo que seja da Rover!

Nós, elas as Gajas disse...

Parabéns para mim, pois a fobia dos 30 há 1 ano foi superada, agora tenho mais 9 anos de terapia, para a fase que se segue...Tb dou-me as boas vindas a este amazing blog...dá que pensar e sorrir ao pensar na coisa, objectivo cumprido!
Beijos desta vossa e a partir de hoje seguidora.