5.16.2007

Uma Cenaita destas tem que ter Megera

Que me perdoe a Maria o tom ainda mais biográfico, não consigo começar de outra maneira... Em todas as cenaitas como esta, em que as gajas se juntam para dar azo ao palavreado que lhes brota dos neurónios [Neurónios, existência nas nossas cabeças, de que até há bem pouco tempo muitos duvidavam], não pode faltar uma Megera... Gaja egocentrica, demasiado emocional, insegura, de gestos e aparência duvidosa, mas que acredita que todo o passado feminino, retratado com maior ou menor grau de lugares comuns, aconteceu para que pudessemos chegar até aqui... a esta ilha perdida onde depositamos as pérolas da imaginação e do sarcasmo... AHAHAH...

É verdade, não engulo facilmente que estou quase trintona, mas também não me arrependo de tudo o que já vivi... não escolhi a boda formal, mas não me importava nada de ter 2 residências, citando a Maria "a nossa e a minha". Tenho os meus vibradores e tento não perder a boleia nesse mercedes bege, porque LandRovers não são ainda para a minha carteira e nem devo conseguir conduzi-los numa rua a subir e os homens que trazem lá dentro podem ter o saco furado... Vocês, nós, as gajas, são, somos simplesmente um "must"... quilos de choro...de emoção, de contentamento, de felicidade...toneladas de risos... juntas já realizamos um monte de coisas disparatadas, mas que no fim acabam por fazer todo o sentido... O mundo é dos que acordam para viver... esse lugar onde todas as contradições são lições... e nós gajas andamos com insónia!!!

Uma megera pode perder-se em naufrágios... pode errar... não pode é perder de vista os mapas que cartografam a nossa cenaita, que é como quem diz a nossa vida e tudo o que nos une... Com o homem do carro ideal, porque homens ideais não existem, ou a pé... vamos percorrendo os paradigmas sociológicos e as metáforas da globalização que vão atestando novas imagens de feminilidade... mas acho que prefiro o Mercedes Bege, desde que lá dentro estejam as amigas...
Saudações
Megera da Cenaita

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